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Relato de Parto da Di

  • Ingrhid Caroline Madoz
  • 15 de abr. de 2017
  • 10 min de leitura

Desde quando descobri que estava grávida, já estava decidida a ter parto normal. Acontece que sabemos que não é tão facil assim ter parto normal no Brasil sem auxilio, e por isso eu fui me informar de como poderia e deveria proceder para alcançar o meu objetivo, ou se fosse fazer cesárea, que fosse realmente por necessidade. Assim, fiz leitura de muitos e muitos partos. Notei que várias mulheres conseguiram o parto natural/normal com um acompanhamento pré-hospitalar por uma enfermeira obstetra. E com isso, comecei a traçar minha estratégia: iria contratar a minha enfermeira, e iria ter o bebê no plantão da maternidade. OK! Com 15 semanas de gestação, surgiu a oportunidade de eu participar do chá de parto da Nascentia - que presta assistência de partos com enfermeiras e médicos obstetras, e com isso me senti muito segura, primeiro pelo aprendizado, e segundo porque conheci profissionais que me inspiraram confiança, e assim poderia fechar tranquilamente meu atendimento pré-hospitalar com enfermeira obstetra. Minha gestação vinha sempre muito tranquila: engordei pouco, somente 8 kg, pressão sempre 10x6 no máximo 12x8, e o bebê sempre normal e muito bem. Acontece que na 30a semana, em uma ecografia, foi constatado que meu bebê era meio pequeno para a idade gestacional. Ao levar isso para a obstetra que me acompanhava no pré-natal, começaram várias especulações de que minha placenta, talvez, não estivesse funcionando direito, que o bebê estivesse com restrição uterina, não recebendo os nutrientes e que talvez fosse necessário tirá-lo antes do tempo. Meu Deus do céu! Quase morri do coração quando recebi essa notícia. Meu bebê vinha tão bem! e agora uma cesária emergencial, e tirá-lo antes do tempo? Eu estava disposta a fazer o que fosse melhor para meu bebê, óbvio. Contudo, pedi para fazermos mais exames. Queria ter certeza da necessidade da cesárea. Foram semanas exaustivas nas quais eu fazia ecografias com doppler semanais. E tudo estava bem tanto como bebê quanto com a placenta. Na 34a. semana, colhemos o streptococos, e no meu caso deu positivo. Quando levei para a obstetra na semana seguinte o resultado, ela suspendeu as ecografias alegando perceber estar tudo bem com o bebê. Mas que diante do meu quadro de streptococos positivo eu cabalmente teria que fazer uma cesárea por ser mais seguro para o bebê... afinal, quando entrasse em trabalho de parto, teria que tomar antibiótico de 4h em 4h, e teria que ser cesárea. E a obstetra foi logo perguntando: vms marcar para a 38a semana? - Aqui faço uma pausa, eu já sabia que essa informação não procedia: no chá de parto aprendi quais eram de fato as indicações para cesárea emergencial, e não era o caso de streptococos positivo. Falei para a médica que preferia aguardar ao menos o bebê dar sinais de que queria nascer. Ela me disse q se naquela altura do campeonato eu não tinha contrações, provável que não teria, afinal eu estava entrando na 36a semana. Para me comprovar que meu corpo não funcionaria, ela me pediu para fazer um exame de cadiotoco, que averigua se vc esta tendo contrações. Sem debater, peguei o pedido de cardiotoco e fui embora, decidida a nunca mais voltar. Puxa... nessa altura do campeonato, trocar de obstetra? mas foi o que eu fiz. Paralelo a isso, fui conversar com as queridas enfermeiras da nascentia sobre os serviços de atendimento pré-hospitalar, e informar meu quadro e verificar se seria cabivel no meu estado o acompanhamento que eu queria. A Letícia da Nascentia, que tinha ministrado o curso de parto, foi quem me atendeu, e fomos conversando e sanando minhas dúvidas. Antes eu estava tão segura do atendimento pré-hospitalar, e agora, estava com medo. Sim: embora eu soubesse que minha gravidez tinha tudo para culminar em um parto normal, obviamente estava um pouco insegura de estar indo longe demais... e se eu prejudicasse meu bebê? A Leticia olhou meus exames e me tranquilizou, de que seria possivel sim. Então fechamos nosso contrato de atendimento pré-hospitalar com a minha queriiiiida enfermeria obstetra Leticia. Ela iria me avaliar e avaliar o bebê quando eu entrasse em trabalho de parto. Consegui marcar com outro obstetra, com o querido dr. Luiz Fernando Petrucce, que também é da Nascentia, o final do meu pré-natal, e ele continuou me passando os exames que eu precisava para me manter tranquila. Foi aí que, eu já com 39 semanas, recebi da querida Leticia um convite para conhecer uma nova médica que estava entrando na equipe da Nascentia, a dra. Aline. Leticia me informou que a dra Aline era uma médica humanizada e que iria ser maravilhoso eu ter meu parto com ela. Acontece que eu não havia realizado um planejamento financeiro para contratar um médico obstetra, e isso poderia ser um problema. Mas a Leticia me aconselhou a conhecer a dra e conversar sobre como poderiamos resolver sobre o pagamento. Então, entrei em contato com a Dra Aline e marcamos uma consulta. Na consulta fomos conversando, e a dra. avaliou meus exames e me disse que estava tudo certo, comigo e com o bebê, e que eu poderia sim ter meu parto normal. Me tranquilizou sobre o streptococos, me explicando que somente se a bolsa rompesse iria me ministrar o antibiótico, e se passasse de 18h de tp. Teve um momento que ela me perguntou se eu tinha um plano de parto. Nessa hora, falei que há muito tempo atras eu tinha, mas que agora não tinha mais... que eu só queria que meu bebê nascesse do melhor jeito possivel. E a dra. então me disse que iriamos então fazer meu plano de parto naquele momento... Eu voltei a sonhar! Puxaaaaaa!!!! Assim, colocamos no papel tudo o que eu queria que fosse feito, e o que eu permitiria que fosse feito! E ao final, fechamos o contrato. Saí de lá com o coração cheio e renovado! Estava muito esperançosa. Agora era só esperar os sinais do Daniel, meu bebê, querer vir ao mundo. Os dias foram passando e eu não sentia nada. Meu corpo estava caladinho. Mas o meu bebê se movimentava na minha barriga, e eu percebia que estava tudo bem. Trabalhei até a ultima semana pré-parto, e deixei tudo em dias. No sábado, dia 11 fui almoçar com minha mãe, quando, de repente, comecei a sentir um agitamento. Estava com vontade de sair dali, e ir para minha casa, e organizar minhas coisas. Não queria me sentar. Queria ficar em pé. Uma coisa super esquisita. Assim, depois de almoçar, fui embora, e passei a tarde com essa sensação. A noite comecei a sentir uma pequena cólica no baixo ventre. Mas fui dormir, e ela passou. No domingo, comecei a sentir uma cólica no coccix. Era uma dorzinha chata e constante. Mas não era terrivel e insuportável. Comuniquei à Leticia e à dra. Aline do incômodo e falei que estava tudo bem. Era só isso mesmo. Foi domingo o dia todo assim. A noite, iniciaram as contrações. Estavam na faixa de 20s, e bastante esparçadas. Mas depois até ritmaram, ficando de 4 em 4 min. Daí eu tomei um banho quente, e fui me deitar. E as contrações foram embora. No banho saiu o tampão com um pouco de sangue, o que me alertou para uma possivel dilatação. Contudo, como as contrações foram embora, percebi que não era trabalho de parto não, eram só prodromos. Na segunda, permaneci com a colica no coccix que as vezes irradiava para o baixo ventre. Mas não eram contrações. Era uma dor constante. Uma cólica que não vai embora. Segunda a noite, as dores aumentaram, e quase não dormi, porque não tinha posição. Mas nada de contrações. Comecei a apelar para bolsa dagua quente, e assim passei a noite. Praticamente não dormi com o incômodo, mas zero contrações. Na terça de manha, as colicas estavam ali, constantes, tanto no coccix quanto no baixo ventre. Não consegui dormir pela manhã. Mas fiquei na cama. Consegui dormir de meio dia até 14h. Acordei, e continuava com a cólica, tanto no coccix quanto no baixo ventre. Recebi uma mensagem da dra. Aline e falei como eu estava: com cólicas mas zero contrações, e ela me disse que achava que o Daniel nasceria naquele dia. Eu disse que achava que não, afinal, não tinha contração. Ela me aconselhou a falar com a Leticia e informar caso eu apresentasse: contrações durando 1 min, intervaladas de 5 em 5 min. ok. Informei a Leticia das colicas e ela perguntou se eu queria ser avaliada. Eu disse que não. Estava tudo bem. Ela então marcou um atendimento comigo na quarta de manha. Eu disse que se algo mudasse a noite, a informaria. Por volta das 21h, as contrações vieram. Elas irradiavam do coccix para o baixo ventre, mas estavam com duração de 20s e bem esparçadas. Eu tomei banho, preparei a bolsa de agua quente e fui me deitar. As contrações aumentaram, e estavam com duração de 1 min. Mas o intervalo era maior que 5 min. Por volta de 2h30 da manha, acordei meu marido para esquentar a bolsa dagua e fui tomar outro banho para ver se aliviavam as contrações. Ao chegar no banheiro, caiu de mim uma gota de sangue. Pensei: uma gotinha tão pequena, devo estar com apenas 1cm de dilatação. Tenho que aguardar mais. As contrações também estavam moderadas. Eu estava esperando piorar mais para ter certeza que estava evoluindo. Só que quando meu marido viu o sangue, ficou um pouco desesperado e pediu para eu ligar para a enfermeira. Eu relutei, disse que ligaria para ela em umas 2horas, mas ele pediu para eu ligar imediatamente. Na minha cabeça pensei: que vergonha! ela vai vir aqui e eu vou estar com 1 cm. Coitada. Mas para acalma-lo liguei para a Leticia e pedi para ela vir me avaliar. Rapidamente a Leticia chegou. Ela ascultou o bebê e estava tudo bem com ele. Depois foi fazer o toque e me disse que o bebê estava bem baixinho. E foi a hora de fazer a aferição. Será que eu tinha dilatado? ou faltava muito? A Leticia então me abraçou e disse: parabéns! Eu sabia que vc ia conseguir! Vc esta c 7cm! é hora de irmos para a maternidade! Puxaaa... meu Dani ia nascer! Fomos! No carro, mais 3 contrações. Meu marido meio nervoso avisou que não conseguiria assistir ao parto. Nem pestanejei, pois se ele desmaiasse como que eu ficaria? Melhor aguardar fora da sala de parto. Na burocracia da maternidade, mais 2 contrações. Enquanto a papelada ficava pronta, a dra. Aline e a Leticia me levaram para uma sala escura com uma maca. Me deitei. Leticia colocou uma musica tranquilizadora para tocar e um cheirinho no ambiente. Meu Deus, foi muito mais do que imaginei para meu momento. Vieram mais 3 contrações. Hora de descer para a sala de parto. Mandaram me trocar. Me troquei e fui andando para a sala de parto. Não precisava de maca, pq as contrações estava esparçadas. La embaixo, meu marido me entregou um papel com o salmo 122. Nem acreditei que ele preparou aquilo! Fiquei muito feliz. Nos despedimos, e eu entrei para a sala de parto. A dra. me avaliou de novo: dilatação total. A dra então colocou uma meia luz, e me falou para tentarmos uma posição de quatro apoios na maca, agora era a hora das contrações mudarem, passarem para a fase de transição para o expulsivo. Leticia colocou a musiquinha de novo, e me deu um melzinho para eu comer, pq eu me sentia meio fraca, pq estava desde 22h sem comer nada, e já eram 5h da manha. Perguntei para a Leticia se a dor aumentaria e ela me disse que não, mas a sensação ia mudar. Fiquei aguardando, e de fato ela mudou. De repente, meu corpo fazia tudo. Queria "expulsar" algo. Não era eu que queria expulsar. O corpo estava colocando para fora. Mudamos da posição de 4 apoios para a tradicional com uma barra para eu puxar. Meu expulsivo estava esparçado. Não vinha uma contração atras da outra não. Estava intervalado. Dava tempo para respirar e até conversar. Depois a dra. sugeriu tentarmos a banqueta. Vmsss Dra!!! La fui eu. E na banqueta fui sentindo cada vez mais o bebê baixando. A dra. e a Leticia sempre diziam: isso msm... deixa vir, deixa vir. E eu fui deixando. E daí, de repente, o bebê coroou e eu senti o circulo de fogo. Eita. Nessa hora falei para a dra. q eu achava que não ia aguentar. A dra. falou: mas ele já está nascendo. Dito e feito, mais uma contração e um grito: a cabeça do bebê saiu. A dra ainda falou: pega nele. E dai eu falei: dra peraí... e veio mais uma contração, e o corpinho saiu. Assim nasceu meu Dani, de parto normal, natural, sem intervenções, humanizado, sonhado, e da forma como Deus escreveu para mim. Deus colocou na minha vida os profissionais certos, as pessoas amigas certas, que me levaram a sonhar e principalmente a realizar! Quando o bebê saiu, e a dra. me entregou, olhei para o lado e meu marido estava na porta. Ele entrou e ficamos juntos olhando o bebê. Minha bolsa rompeu assim que o bebê saiu. Não precisei em momento algum de antibioticos. O meu bebê nasceu com 40 semanas e 5 dias. A dra. perguntou para meu marido se ele queria cortar o cordao umbilical, ele disse q não conseguiria, pois estava com um pouco de sangue por ali. Então ela me perguntou se eu queria, e eu disse: sim sim sim!!!! E eu msm cortei o cordão umbilical do bebê. Depois que o bebê nasceu, eu não sentia nenhuma dor. Absolutamente nada! Estava otima! Logo recebi o Dani nos meus braços e a Leticia me ajudou a coloca-lo para mamar! E foi assim, meu relato de parto! Passei muita luta, mas consegui. Tive tanta felicidade que não cabia em mim. Só de relembrar como foi aquele dia, meu coração se enche de felicidade. Quem eu quero agradecer? Primeiramente, à Deus, que me abençoou, traçou meu caminho, me deu estratégia, me amparou nos momentos de sofrimento e angustia, e foi Ele quem determinou como seria o nascimento do Dani. Gratidão à ELE eternamente! Foi Ele também quem colocou na minha vida as queridas Leticia e Aline. Sem elas, talvez hoje, meu relato fosse bem diferente. Ao meu marido, que passou todo o trabalho de parto comigo, e por ele ter sido iluminado por Deus e mandado eu ligar para a Leticia no momento certo. Talvez, se eu esperasse mais duas horas, o Dani tivesse nascido em casa kkkk o.O Às queridas: Leticia e dra. Aline: primeiro vcs me abençoaram com o trabalho de vcs, segundo vcs acreditaram em mim! Gratidão sem fim. Vcs foram muito mais que profissionais, foram amigas! Me fizeram sonhar, acreditar, e me ajudaram a concretizar. Até agora não tenho palavras! Foi muito mais que imaginei. Todo carinho e cuidado. Realmente, o parto do meu bebê foi respeitoso e humanizado! Meu muiiiiito obrigada! À minha mãe, que desde quando falei que queria parto normal me apoiou e disse que eu conseguiria. Me disse ate que eu era forte! Às amigas gravidinhas que trocaram suas experiencias comigo. Vcs foram fundamentais! Me deram força e me abençoaram com palavras de afirmaçao. Obrigada meninas. E também quero agradecer às mulheres que fizeram tantos relatos de partos que li, reli e que me ajudaram tanto, e que nunca vou poder agradecer, pq nem as conheço, mas o relato delas foi o que me deu minha primeira estratégia, e foi por onde comecei a procurar o que fazer. MEU MUITO OBRIGADA! Beijos do Dani e da Diiii Ingrhid Caroline Madoz





 
 
 

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